sábado, 22 de setembro de 2012

União Europeia


União Européia: Bloco político e econômico reúne 27 países


A integração européia iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, com a necessidade de reconstruir a Europa, arruinada pelo conflito, e evitar novos confrontos entre os povos que faziam parte de uma mesma história política e geográfica, que conservavam sua identidade, seu idioma e sua cultura.

UNIÃO EUROPÉIA

Países Membros
Alemanha
Áustria
Bélgica
Bulgária
Chipre
Dinamarca
Eslováquia
Eslovênia
Espanha
Estônia
Finlândia
França
Grécia
Holanda
Hungria
Irlânda
Itália
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Polônia
Portugal
Reino Unido
República Tcheca
Romênia
Suécia
A União Européia, diferentemente dos Estados Unidos da América, não é uma federação, nem uma organização de cooperação entre governos, como a Organização das Nações Unidas (ONU). A União Européia possui, de fato, um caráter único; os países que compõem a UE congregaram suas soberanias em algumas áreas para ganhar força e influência no mundo, as quais não poderiam obter isoladamente.
A idéia da Europa como uma unidade política e econômica tem pelo menos um século de existência. Mas foi apenas depois da assinatura do Tratado de Roma, de 1957, que essa proposta começou a se consolidar. Entre 1957 e 1958, seis Estados - Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha Ocidental, França e Itália -, chamados "Europa dos Seis", fundaram a Comunidade Econômica Européia (CEE), com a finalidade de garantir a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas entre seus membros, eliminando os obstáculos, alfandegários ou não, que impediam o livre comércio.

Tratado de Maastricht

Criada em 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht, a União Européia é a sucessora da Comunidade Econômica Européia. É o resultado de décadas de evolução no caminho da integração européia, visando à constituição de um modelo federativo que permitisse a integração das economias limitadas e complementares dos Estados europeus do pós-guerra. O objetivo era assegurar-lhes prosperidade e desenvolvimento social crescentes.
Entre 1957 e 1995, a "Europa dos Seis" transformou-se em "Europa dos Quinze", com a incorporação de Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca (1973), Grécia (1981), Portugal e Espanha (1986), e Áustria, Finlândia e Suécia (1995). A partir de 2004, mais dez países passaram a integrá-la: Chipre, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia.
Desde então, a UE cresceu para 27 Estados-membros, dois a mais a partir de 2007, com a adesão de Bulgária e Romênia. Uma união de 30 Estados está dentro do alcançável e é desejo de muitos governos da Europa não comunitária juntarem-se. Para aderir à União Européia, um Estado deve preencher condições políticas e econômicas (critérios de Copenhague). Um Estado só se torna membro de pleno direito na União Européia 10 anos depois da sua entrada e sua integração ocorre de forma progressiva.

Acordos da União Européia

Os acordos da União Européia garantem acordo nos seguintes níveis de integração:
  • Integração econômico-comercial, cuja expressão concreta é o mercado único, ou seja, a livre circulação de bens, serviços, capitais e trabalhadores entre os Estados-membros.

  • Garantia de política externa e de segurança comum.

  • Garantia de políticas de imigração e de cooperação judiciária e policial.

A atual União Européia fundamenta-se juridicamente em quatro tratados fundadores:
  • Tratado da Comunidade Européia do Carvão e do Aço (Ceca) - criado em 1951, composto pela França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. A Ceca tinha como objetivo a integração das indústrias do carvão e do aço dos países europeus.

  • Tratado da Comunidade Econômica Européia (CEE) - criado em 1957, composto pelos mesmos seis países da Ceca. Tinha como finalidade estabelecer um mercado comum europeu.

  • Tratado da Comunidade Européia da Energia Atômica (Euratom) - criado no Tratado de Roma em 1957, tinha como objetivo fomentar a cooperação no desenvolvimento e utilização da energia nuclear e elevação do nível de vida dos países-membros, mediante a criação de um mercado comum de equipamentos e materiais nucleares, assim como o estabelecimento de normas básicas de segurança e proteção da população.

  • Tratado da União Européia (UE) - Reunidos na cidade de Maastricht, no sul da Holanda, em dezembro de 1991, os países-membros firmaram um novo tratado, em substituição ao de Roma, definindo os próximos passos para integração. Em 1993, entrou em vigor o Tratado de Maastricht, mudando o nome de CEE para União Européia (UE). Foram estabelecidos fundamentos da futura integração política, onde se destacam a segurança e a política exterior, assim como a consagração de uma Constituição Política para a UE e a integração monetária.
Os mais importantes objetivos do Tratado de Maastricht são a união econômica monetária dos Estados-membros da UE, a definição e a execução de uma política externa e de segurança comuns, a cooperação em assuntos jurídicos e a criação de uma cidadania européia. Maastricht cria um bloco de nações livre de barreiras à circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas.
Esses quatro tratados estabelecem as bases para uma convivência pacífica entre os países-membros.

Em 1999, surge o euro

A integração evoluiu para a adoção de uma moeda única, o euro, criada em 1999, e para a unificação política. O euro começou a ser usado na forma de notas e moedas em 2002. Ao se fazer referência exclusivamente ao aspecto econômico-comercial da integração européia, é correto utilizar o termo "Comunidade Européia", uma vez que as designações "Comunidade Econômica Européia" e "Mercado Comum Europeu" foram, oficialmente, abolidas.
O processo de tomada de decisões, em geral, e o processo de co-decisão, em particular, envolvem cinco principais instituições:
Parlamento Europeu - representa os cidadãos da União Européia, que elegem seus membros.
  • Conselho da União Européia - representa individualmente os Estados-membros.

  • Comissão Européia - defende os interesses de toda a União Européia.

  • Tribunal de Justiça - assegura o cumprimento da legislação européia.

  • Tribunal de Contas Europeu - fiscaliza as finanças das atividades da União Européia.

Estados-membros

Os Estados-membros da UE são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia.
Em negociação: República da Macedônia, Croácia e Turquia.

America Anglo-Saxônica e Nações desenvolvidas do Pacifico



América Anglo-Saxônica


América Anglo-Saxônica  é formado por países situados nas Américas e que possuem o idioma inglês como oficial e traços culturais e históricos  provenientes do Reino Unido. Os países que formam esse bloco são Estados Unidos, Canadá, Belize, Guiana e algumas ilhas caribenhas.
Alguns geógrafos e pesquisadores não aceitam a inclusão de países da América do Sul e Caribe como países anglo-saxônicos, somente os EUA e Canadá por terem um elo mais enraizado com a influência cultural inglesa.
Numa visão geral, a América é , culturalmente, compreendida em America latina (espanhola, portuguesa e francesa) e América Anglo-Saxônica (cuja língua deriva do anglo-saxão). Os países anglo-saxões foram colonizados pela Inglaterra , cuja religião predominante foi a protestante e a ascendência étnica, europeia, mas com a inserção da afrodescendência  por meio da escravidão aplicada nesses países.
Os maiores países anglo-saxões das Américas são os EUA e o Canadá, considerando os aspectos de extensão territorial, economia e estrutura política. Nesses dois países, em nível de aspectos físico-naturais, o clima temperado continental e oceânico, estando o Canadá nos limites entre o polar e o subpolar.
A vegetação predominante é a floresta temperada já muito devastada, com ocorrência de florestas boreais e tundra no norte do Canadá; e pradaria, pântanos e desertos nas planícies centrais e no sul do continente norte-americano.
Em nível político, os EUA, tradicionalmente, interfere e intermedia conflitos e questões diplomáticas internacionais para garantir o seu interesse e o interesse de parcerias econômicas.
A partir do século, os EUA conseguiram fortalecer suas bases econômicas e financeiras sendo o país mais produtivo e rico do mundo, apesar da crise econômica sofrida pelo país a partir de 2008, os EUA ainda possuem estruturas econômicas significativas, representadas pelos seus investimentos no mundo, empresas transnacionais, fortes parques industriais e centros de tecnologia.
No Canadá, muitas empresas dependem de parcerias com as norte-americanas, predomina no país indústrias do setor automotivo, alimentos e aeronáutico.


Nações Desenvolvidas do Pacífico


Japão
País de 377.800 km² de área, o Japão possui uma população em torno de 128 milhões (80% residente em área urbana). Apresenta um IDH levado, sendo um dos países mais desenvolvidos economicamente.

 
É composto por um arquipélago com cerca de 3400 ilhas, situadas no oceano pacífico. Porém 97% da área total do país é formada por apenas quatro ilhas (Honshu – onde se encontra a capital Tóquio -, Hokkaido, Kyushu e Shikoku).

O elevado desenvolvimento tecnológico, associado às grandes obras de engenharia, permitiu a integração de todo o território japonês, uma vez que as principais ilhas foram interligadas por pontes ou túneis.

Esse arquipélago está inserido na região denominada Círculo de Fogo. Nessa parte de planeta ocorre o encontro de três placas tectônicas (placa do pacífico, placa das filipinas e placa euro-asiática) cujo choque provoca terremotos, maremotos e atividades vulcânicas freqüentes.

O relevo se caracteriza pela predominância de montanhas (80% do território). Por isso estima-se que pouco mais de 10% das terras sejam aráveis (agricultura). As planícies estão localizadas basicamente na faixa litorânea e nos sopés das montanhas, onde se encontra a maior parte da população.

     Duas grandes correntes marítimas influenciam o litoral japonês. A corrente fria Oya-Shivo, originária do norte e a corrente quente Kuro Shiva, vinda do sul. Elas tornam os mares do Japão bastante propícios à pesca, sendo fundamentais para a economia deste país.


O imperialismo Japonês

No início do século XVII, durante o domínio dos xogunatos, o Japão viveu um período de isolamento de mais de 250 anos em relação ao mundo, com exceção da China e da Holanda, o que provocou um grande atraso econômico e tecnológico.

A partir de 1858 o país passou a estabelecer tratados de comércio com os Estados Unidos e outros países europeus. Assim o xogunato entrou em crise e a queda desse regime deu origem à restauração da autoridade imperial, que ficou conhecida como a Era Meiji. O espaço geográfico Japonês mudou radicalmente, iniciou-se uma modernização responsável pela transformação do Japão – de uma sociedade feudal para uma das principais nações industrializadas do mundo. Uma verdadeira revolução feita nos setores da educação, das ciências da comunicação e da cultura. Tecnologias ocidentais foram introduzidas em grande escala, transformando rapidamente o país em uma grande potência militar. Esse desenvolvimento o Japão a uma política imperialista.      


 Durante a segunda guerra o Japão esteve junto da Alemanha e da Itália, compondo o chamado Eixo. Em 1941 ocorreu o ataque japonês contra a base norte americana de Pearl Harbor, o que provocou o ingresso dos EUA na guerra. Esse país lançou, em 1945, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.

Após a segunda guerra o Japão perdeu suas colônias no pacífico, sendo ocupado por tropas estadunidenses e governado pelo conselho supremo das potências aliadas até 1952, quando foi permitido ao país, entre outras medidas, o direito à organização partidária, a liberdade de imprensa e ao voto. Houve também outras medidas que juntas promoveram mudanças na política interna do Japão, sendo responsáveis pelo fortalecimento da democracia, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico. Esse período ficou de grande prosperidade ficou conhecido como “milagre econômico japonês” quando o país viveu altas taxas de crescimento.


 No período de 1860 o Japão tornou-se a terceira maior nação exportadora de bens manufaturados do mundo, com crescimento anual em torno de 7,5%. Depois de viver um período de crescimento populacional acelerado, na primeira metade do século XX, o governo adotou políticas anti-natalistas e emigratórias para aliviar a pressão demográfica e as tensões sociais no país. Com isso muitos japoneses deixaram suas terras em busca de melhores condições de vida.

 Atualmente o crescimento demográfico japonês é baixo, ficando em torno de 0,14 % ao ano, por causa do baixo crescimento vegetativo há necessidade de mão de obra estrangeira, principalmente para atividades que não exigem elevada qualificação.

O bom resultado japonês depende diretamente das trocas feitas com os norte-americanos que vem fortalecendo a balança comercial nipônica. Por isso qualquer crise que afetar os EUA também atinge o Japão, fato constatado em 2008.

O produto agrícola com maior destaque é o arroz, base da alimentação japonesa. O arroz é o único produto agrícola no qual o país é autosuficiente. Outros produtos cultivados em solo japonês são: frutas, cereais, soja, legumes, hortaliças etc, embora o país tenha que importar grande parcela desses alimentos.

A partir da década de 1980 e até os dias atuais, o Japão tornou-se o maior produtor e exportador de automóveis do mundo. No ramo dos eletroeletrônicos a indústria nipônica é uma das mais avançadas. 

Recentemente o país passou por uma tragédia causada por um terremoto de 8.9 de magnitude, resultando em um Tsunami que arrasou a costa nordeste do território, matando cerca de 15 mil pessoas e deixando milhares desaparecidas. O Tsunami causou a mais grave crise nuclear já vivida pelo país, obrigando as autoridades a classificar a emergência ao nível 7, grau máximo da escala, antes atingido apenas pelo desastre de Chernobyl. 

Austrália e Nova Zelândia
          Austrália e Nova Zelândia, os dois países da Oceania, apesar de também terem sido colônias apresentam elevados índices de desenvolvimento humano e são as únicas nações pertencentes ao grupo de países desenvolvidos ou do Norte, mesmo estando localizadas ao sul da linha do Equador.
 Nova Zelândia  (New Zealand, em inglês; Aotearoa em maori) é um país independente localizado no Pacífico sul, formado por duas ilhas, a Ilha Norte e a Ilha Sul, além de algumas outras bem menores. A capital do país é Wellington, e sua área é de 270.500 km², um pouco maior que o Estado de São Paulo. A população é de 4 milhões e 420 mil habitantes, sendo a maioria descendentes de europeus e nativos maori, povo polinésio. As principais religiões são o cristianismo, a crença tradicional maori, além de algumas religiões sincréticas. Como línguas oficiais, o país adota o inglês e o maori. A moeda é o dólar da Nova Zelândia. Os Maori chamam sua pátria “Aotearoa”, expressão que significa algo como “terra da longa nuvem branca”.

Povos de ascendência polinésia já habitavam a atual Nova Zelândia cerca de 1000 anos antes da chegada dos maori, e posteriormente, dos europeus. Em 1642, o navegante holandês Abel Tasman foi o primeiro europeu a avistar as ilhas, chegando a realizar um esboço das costas ocidentais das duas ilhas principais. O capitão inglês James Cook explora todo o litoral do país em meio às suas três viagens ao Pacífico Sul a partir de 1769. No início do século XIX, o extrativismo, a caça às focas e baleias atrai um número moderado de colonos europeus à Nova Zelândia.
Em 1840 o Reino Unido assina um acordo com os chefes maori, o Tratado de Waitangi, no qual se firma a soberania britânica sobre as ilhas. No mesmo ano, é iniciado o processo de colonização europeu, e a sua gradual ocupação de terras leva ao conflito com os maori por volta de 1860. Durante esse período, muitos nativos morrerão devido às doenças e guerras.
O governo constitucional é estabelecido na década de 1850 e os maori ganham o direito a cadeiras no parlamento neozelandês em 1867. A pecuária começa a se expandir, e os fundamentos da economia moderna tomam forma na Nova Zelândia. A virada do século traz amplas reformas sociais que serão a base da versão neozelandesa de estado de bem-estar social.
A Nova Zelândia foi declarada um domínio da coroa britânica por meio de uma proclamação real, em 1907. Sua autonomia interna e externa foi conquistada através do Estatuto de Westminster em 1947, embora este tenha apenas formalizado uma situação que já existia de fato há muitos anos.
Os Maori recuperam-se gradualmente do declínio de sua população e, através da interação e casamentos com os europeus, adotam muito de sua cultura. Nas últimas décadas, o povo maori conquistou importantes direitos em meio à sociedade neozelandesa, o que valorizou muito de suas tradições.
Austrália

Sexto país em extensão territorial, com 7 682 300 km2, a Austrália tem o litoral mais extenso do planeta. Por isso muitos a consideram um continente, e não parte da Oceania.
Banhada pêlos oceanos Índico e Pacífico, situa-se na mesma latitude do Sul e do Sudeste brasileiro, pois é atravessada pelo trópico de Capricórnio, que também passa pela cidade de São Paulo. Porém, enquanto o Brasil está a oeste do meridiano de Greenwich (hemisfério ocidental), a Austrália está no hemisfério oriental. Por esse motivo, as viagens aéreas entre Brasil e Austrália são longas e cansativas.
A Austrália divide-se administrativamente em seis estados (Austrália Ocidental, Austrália Meridional, Nova Gales do Sul, Queensland, Tasmânia e Vitória) e dois territórios (Território da Capital Federal, onde se encontra Camberra, e Território do Norte).

Desenvolvida, mas não potência

A Austrália é considerada uma nação rica, moderna e desenvolvida, muito mais pêlos seus indicadores socioeconômicos, como alto IDH (o segundo maior do mundo), baixa natalidade, alta expectativa de vida e elevada renda per capita, do que pela sua indústria nacional, pouco diversificada se comparada à européia, à japonesa, à norte-americana ou mesmo à brasileira.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), esse país teve acentuada expansão de setores industriais, como o siderúrgico. Porém sua industrialização consolidou-se após esse conflito, quando a Austrália se beneficiou da exportação e da utilização dos seus grandes e diversificados recursos minerais e energéticos, e de sua produção agropecuária. Minério de ferro (aço) e bauxita (alumínio), além de chumbo, manganês, prata, níquel, estanho, zinco, urânio, gás natural, ouro, cobre, carvão mineral, destacam-se entre os recursos minerais e energéticos australianos. Entre as matérias-primas agropecuárias, podemos citar a lã, a aveia, a cevada, o trigo, o algodão, a cana-de-açúcar e a uva.
O governo australiano foi o grande articulador da expansão industrial e facilitador da imigração que serviria de mão-de-obra para o país. Os principais setores industriais da Austrália, como o automobilístico, o metalúrgico, o siderúrgico, o petroquímico e o químico, são controlados por grupos estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos.
A maior parte das exportações australianas é de origem primária (minérios e gêneros agrícolas), e o Japão é seu principal parceiro comercial, tanto nas exportações quanto nas importações, seguido dos Estados Unidos e da Coréia do Sul. A Austrália exportou aproximadamente 56 bilhões de dólares e importou 64 bilhões de dólares em 1998. A distribuição das indústrias acompanha a distribuição da população, estando, portanto, concentrada no Sudeste australiano, área com melhores condições climáticas, uma vez que grande parte do país apresenta clima desértico.
A Austrália está localizada em uma área estratégica do Pacífico, entre a América e a Ásia, que permite ao país não só exportar seus produtos primários para os países emergentes asiáticos, para o Japão, China e Estados Unidos, como também comprar manufaturados dessas nações. Fica, portanto, situada em uma estratégica área comercial, marítima e de importância geopolítica internacional. Em 1954, assinou o tratado militar de segurança, que ficou conhecido pela sigla Anzus {iniciais de Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, em inglês), e desde 1993 faz parte do bloco econômico da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), que pretende a troca de mercadorias entre os países membros até 2020.
A Austrália é uma monarquia parlamentarista, cujo chefe de Estado é a rainha Elizabeth II, do Reino Unido. O chefe do governo é o primeiro-ministro John Howard. Em novembro de 1999, os australianos votaram pela manutenção desse status político.

Antiga colônia

Os holandeses foram os primeiros europeus a explorar o território australiano. Em 1770, foi a vez do inglês James Cook. Dezoito anos depois, em 1788, a Austrália era transformada em colônia agrícola penal inglesa. De área penal passou a colônia da Coroa britânica em 1823, conquistando o auto governo em 1850, com o Ato de Governo das Colônias Australianas. Em 1901, foi proclamada Comunidade da Austrália e em 1942 tornou-se independente do Reino Unido.
Desde a descoberta de ouro nas áreas de Vitória e Bathurst, em 1851, a Austrália vem recebendo milhares de imigrantes, No início, eram majoritariamente britânicos, depois vieram, principalmente, italianos, irlandeses e gregos, pois não era facilitado o ingresso de não europeus.
Atualmente, os asiáticos compõem parcela significativa (mais de 5%) da população australiana, que está concentrada nas cidades da região Sudeste. Sydney com cerca de 4 milhões de habitantes, Melbourne com 3,5 milhões e Brisbane com 1,6 milhão são as cidades mais populosas da Austrália. A capital Camberra não chega aos 500 mil habitantes.

referencias:http://www.infoescola.com/geografia/america-anglo-saxonica-2/
http://www.infoescola.com/oceania/nova-zelandia/

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Índice de Desenvolvimento Humano

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)


Os dados referentes à expectativa de vida, ao nível de escolaridade e à renda  per capita analisados em conjunto resultam no índice de desenvolvimento humano (IDH). Considerando-se a relação entre todos esses componentes, os países podem ser classificados em uma variação que vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de zero, significa que o país enfrenta maior quantidade de problemas relacionados à qualidade de vida da população; quanto mais próximo de 1, entende-se que a população apresenta melhores condições de vida.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

crescimento econômico x desenvolvimento humano

Crescimento Econômico x Desenvolvimento Humano: Contradições do Capitalismo


   O capitalismo é um sistema econômico que apresenta grandes contradições. Uma delas diz respeito ao modo como a riqueza resultante da produção é distribuída entre a população e como se expressa na qualidade de vida.
   Quando se pretende compreender a organização do espaço em diversas regiões mundiais, os dados relativos à qualidade de vida da produção são primordiais, pois podem expressar o modo como o espaço é apropriado e organizado.
   A produção era o dado mais relevante para calcular o crescimento econômico de um país ou de uma região. Para tanto, recorra-se ao PIB ou ao PNB (produto nacional bruto).
   De acordo com esses dados econômicos, países eram classificados em três grupos:

  • Desenvolvidos - constituído pelos países industrializados, cuja economia se baseava na produção industrial;
  • Em desenvolvimento - formado por países que possuíam um parque industrial em expansão, apesar de sua economia ser basicamente agrícola;
  • subdesenvolvidos -  formado por países que apresentavam os índices mais baixos de produção e economia centrada exclusiva mente na produção agrícola ou de matérias-primas. 


Referencia: Geografia sociedade e cotidiano Autores: Dadá Martins, Francisco Bigotto, Márcio Vitiello.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A bipolarização do Mundo Contemporâneo


A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) deixou uma herança perversa para os países da Europa e demais regiões beligerantes da Ásia.
Cerca de 40 milhões de mortos só na Europa, destruição de cidades e campos de cereais, por exemplo. Mas, seu principal legado pode ser considerado o fim da importância política das nações européias e a bipolarização do mundo, ou seja, a divisão do planeta em dois pólos políticos de atração, liderados pelos Estados Unidos da América (EUA) de um lado e pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) do outro.
A bipolarização do mundo, no qual dois países (EUA e URSS) exerciam fortes influências sobre os demais países, foi um período de conflitos e hostilidades que ficou conhecido como Guerra Fria, perdurando de 1947 a 1991.
Por sua vez, a origem dos desentendimentos entre EUA e URSS está relacionada com os acordos entre os países vencedores da Grande Guerra antes mesmo dela ter terminado. Nas Conferências de Yalta (fevereiro de 1945) e de Potsdam (julho de 1945 – a guerra só terminou em agosto de 1945), os grandes líderes se reuniram para organizar o equilíbrio de poder na Europa recém destruída. Os representantes dos países beligerantes vitoriosos queriam deixar assegurados seus interesses estratégicos, econômicos e garantir áreas de influência tanto na Europa quanto no resto do mundo.
A divisão em dois blocos ficou explícita a partir de 1947, quando o presidente dos Estados Unidos, Harry Trumam (1884-1972), em vários pronunciamentos, criticava a URSS, expressando a necessidade de conter o avanço do comunismo no mundo, declarando o confronto ideológico entre as duas superpotências, fato que ficou conhecido como doutrina Trumam.
Neste período (década de 1940), os Estados Unidos e a União Soviética passaram a ser chamados de superpotências, ou seja, super Estados, seja por seu poder militar, econômico ou pela dimensão territorial.
Você pode se perguntar: por que deram o nome de Guerra Fria ao período histórico que estamos estudando, que vai de 1945 a 1991?
O termo “Guerra Fria” deve-se ao fato dos Estados envolvidos (EUA/URSS) nunca terem se enfrentado diretamente. Havia somente a expectativa, os confrontos ideológicos, entretanto, eram freqüentes os alarmes e prontidões.
De forma simplificada, a Guerra Fria já foi explicada como o resultado de um conflito entre um sistema político livre e outro autoritário; ou entre Oeste (EUA) e o Leste (URSS); a luta entre duas formas de organização econômica antagônicas, de um lado o capitalismo (representado pelos EUA) do outro o socialismo (representado pela URSS).
Mas qual teria sido o significado da Guerra Fria para países do chamado Terceiro Mundo, como: Brasil, Venezuela, Argélia ou Vietnã?
Quadro 1
CAPITALISMO: regime econômico que se caracteriza pela posse privada da propriedade dos meios coletivos de produção e distribuição, pela livre concorrência e pela procura do lucro (que é o motor da economia). As empresas produzem para o mercado, ou seja, para aqueles que podem pagar. Isto aumenta a riqueza de um pequeno grupo e aumenta a desigualdade das condições humanas da maioria da população em nível nacional e internacional. Historicamente, o capitalismo evolui tomando formas diferentes: capitalismo comercial, industrial, financeiro, imperialista, etc.
SOCIALISMO: as correntes socialistas aparecem em reação contra a teoria e práticas do liberalismo-econômico, segundo o qual o livre jogo das atividades individuais asseguraria o progresso da sociedade e o bem público. Para os socialistas, o progresso da sociedade e o advento de um mundo mais justo só poderiam realizar-se através da ação coletiva e voluntária dos indivíduos.
O pensamento socialista apresenta algumas características, como: a posse coletiva dos meios de produção, a nacionalização da economia, dirigida pelo Estado através de uma planificação visando satisfazer a necessidade de todos e construir uma sociedade mais justa, também.
A ideologia da Guerra Fria era conveniente para os americanos e soviéticos, pois ela contribuía e/ou justificava a dominação das superpotências sobre os países do Terceiro Mundo. Por exemplo, na Nicarágua, os EUA afirmaram que os soviéticos faziam parte do movimento sandinista, servindo de justificativa para agredir o pequeno país. Do mesmo modo, a URSS invadiu o Afeganistão alegando a presença norte-americana.
Geralmente os Estados Unidos e a União Soviética não se envolviam diretamente em conflitos, mas enviavam armas, ajuda financeira e logística, o que poderia definir os conflitos, que se davam em outras regiões, longe de seus territórios, em guerras localizadas, em países da África, da Ásia e na América Latina (como foi o caso da Coréia e do Vietnã), ou em guerras de libertação nacional, originadas no processo de independência, das colônias africanas e asiáticas.
Era esta situação que definia a Guerra Fria, pois as duas superpotências nunca se enfrentavam diretamente.
A partir de 1949, foram criados órgãos de defesa coletiva, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com países da Europa Ocidental mais o Canadá, e liderada pelos EUA. Do lado soviético foi criado o Pacto de Varsóvia ou Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental, com o mesmo objetivo.
Além da forte propaganda ideológica desenvolvida nos dois blocos, a Guerra Fria foi fortemente marcada pela corrida armamentista, principalmente pela posse e controle de armas nucleares. Após os Estados Unidos terem demonstrado o poder das armas que tinham em mãos, ao detonarem bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasakai, em agosto de 1945, pensou-se que outras nações teriam acesso a essa tecnologia, e em 1949, a URSS conseguiu explodir sua primeira bomba nuclear, instituindo o equilíbrio do terror, visto que as duas nações tinham poder para destruir uma à outra de forma definitiva, ou o choque entre ambas poderia destruir o mundo.
Apesar da rivalidade entre as superpotências, a Guerra Fria foi marcada mais pela contenção do que agressão. Passado o período de tensão inicial, foi estabelecido a coexistência pacífica, para designar o estado latente de conflito contínuo pela intenção de paz e para assegurar a condição de distensão.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Charge: Millôr Fernandes

Charge

                 

Globalização

                Conceito de Globalização

 
 
Quantcast
Segundo Thurow (2003, p.2), “globalização tem muitos significados diferentes para muitas pessoas diferentes”.

Hobsbawm (2000, p.75) apresenta a seguinte visão da globalização:
“… a globalização implica em um acesso mais amplo, mas não equivalente para todos, mesmo na sua etapa, teoricamente mais avançada. Do mesmo modo, os recursos naturais são distribuídos de forma desigual. Por tudo isso, acho que o problema da globalização está em sua aspiração a garantir um acesso tendencialmente igualitário aos produtos e serviços em um mundo naturalmente marcado pela desigualdade e pela diversidade. Há uma tensão entre estes dois conceitos básicos. Tentamos encontrar um denominador comum acessível a todas as pessoas do mundo, a fim de que possam obter as coisas que naturalmente não são acessíveis a todos. O denominador comum é o dinheiro, isto é, outro conceito abstrato.”
Outra colocação, de Michalet (2003, p.15), define globalização, ou mundialização, termo utilizado pelos franceses, como sendo “caracterizada por sua multidimensionalidade, que se refere, evidentemente, à dimensão das trocas de bens e serviços, mas também, à mobilidade da produção de bens e serviços e à circulação dos capitais financeiros”.
Cabe comentar um parêntese de Michalet (2003), que diz que os historiadores Braudel e Wallerstein mostram que a “economia-mundo” é o quadro do nascimento do capitalismo desde o século XIV.
Já Chesnais (1996) comenta que a utilização do adjetivo “global” se iniciou no começo dos anos 80, nas escolas americanas de negócios, e que foi popularizado por consultores de estratégia e marketing, formados nessas escolas, ou com contato com elas.
Em uma linha diametralmente oposta, Passet (2003) define mundialização, seguindo a acepção do dicionário Larousse, como o fato de tornar-se mundial, e complementa com a definição do Robert, outro dicionário, como sendo o fato de tornar-se mundial, de disseminar-se por todo o mundo.
Complementa, ainda, com a definição do termo “mundialismo” que, segundo o Larousse, é a doutrina que visa realizar a unidade política do mundo como uma comunidade humana única e, complementado pelo Robert, como sendo o universalismo visando constituir a unidade da comunidade humana. E, ainda, comenta que a globalização, no seu aspecto econômico, teve sua “inauguração” na década de 80, a partir do período Reagan-Thatcher, caracterizada pelo fato de as grandes empresas transnacionais se organizarem e desenvolverem suas redes mundiais.
Logo, para Passet (2003, p.24), “o mundialismo, por sua vez, é uma opção ideológica baseada em valores socioculturais, uma concepção de vida e do mundo, e não uma lei natural e imutável”, isto é, se posicionando como crítico ao modelo econômico de globalização neoliberal.
Gonçalves (2003) expõe que nas últimas duas ou três décadas houve importantes transformações mundiais que abrangeram as esferas econômica, política, jurídica, institucional, social, cultural, ambiental, geográfica, demográfica, militar e geopolítica. Mas, somente na década de 90 a palavra “globalização” foi utilizada para descrever essas transformações.